Tesouro Direto - Taxas e Impostos
Investir no Tesouro Direto é uma estratégia atraente, mas compreender os tributos associados (Taxas e Impostos) a esse investimento é crucial para otimizar seus ganhos.
Aliás, antes de começar, temos diversos outros conteúdos sobre Tesouro Direto que podem ser encontrados aqui.
Primeiramente, vale definir que Tributo é a categoria geral que engloba tanto impostos quanto taxas. Enquanto que a taxa, é uma espécie de tributo vinculada a um serviço específico prestado, o imposto é um tributo cuja arrecadação não está vinculada a uma contraprestação direta de serviço.
Assim, vale adiantar que existem 4 tributos associados a investimentos no Tesouro Direto. Analisaremos em seguida cada um deles.
1. Taxa de Custódia (paga a B3)
Os investidores pagam à B3 uma taxa de custódia de 0,2% ao ano para a custódia de seus títulos do Tesouro, cobrada em duas parcelas iguais de 0,1% nos primeiros dias úteis de janeiro e julho.
Assim, o investidor paga o valor proporcional ao tempo que permaneceu na aplicação. Por exemplo, se o investidor mantiver o título por um ano, ele paga a taxa integral; caso venda o papel antes, deve uma taxa proporcional à duração do investimento.
Além disso, a corretora calcula a taxa de custódia com base no valor total investido e nos rendimentos. Por exemplo, se o investidor aplicou R$ 100 mil em um título no dia 02/01 e obteve um retorno de R$ 5 mil nos primeiros 6 meses do ano, ele pagará em 01/07 uma taxa de R$ 105 – equivalente a 0,1% da soma do valor investido com o rendimento.
Em primeiro lugar, Exceção1: Investimentos no título TESOURO SELIC de até R$ 10 mil são isentos de taxa de custódia. Porém, ao exceder os R$ 10 mil, a taxa de custódia é aplicada sobre o valor total da aplicação, e não apenas sobre a parcela que excede o limite. Portanto, essa característica diferencia o Tesouro Selic de outros títulos do próprio Tesouro, sendo crucial para os investidores pequenos gerenciarem seus recursos.
Em segundo lugar, Exceção2: O Tesouro Renda+ e o Tesouro Educa+ também tem um regramento diferenciado privilegiando investimentos de até 6 e 4 salários mínimos respectivamente e o investidor que leve até o final do vencimento contratado.
Por fim, vale comentar que a taxa de custódia será automaticamente descontada da conta do investidor na corretora de sua aplicação nos primeiros dias úteis de Janeiro e Julho.
2. Taxa de Administração (paga a Instituição Financeira)
Já é possível escolher uma corretora ou banco para investir no Tesouro que não cobra Taxa de Administração. Anteriormente, explicamos aqui que existem diversas que não cobram essa taxa, inclusive nomeando algumas como Itaú, XP, Rico, etc.
Por isso, acredito que não vale se alongar muito nessa taxa. Aquelas corretoras que ainda cobram, o percentual gira em torno de 0,2% a 0,5% ao ano.
3. IOF - Imposto sobre operação Financeira
O IOF é um imposto federal que incide sobre diversas operações financeiras, incluindo investimentos no Tesouro Direto. Ele é aplicado de forma regressiva nos primeiros 30 dias da aplicação, sendo uma medida para desestimular movimentações de curto prazo. Após 30 dias, o IOF é zerado.
Vale lembrar que o valor sobre qual incidirá o imposto é apenas sobre os seus rendimentos do período. Analogamente, vale para todos os títulos do Tesouro.
4. IR - Imposto de Renda
Segue a tabela de alíquota regressiva do Imposto de Renda. Quanto mais tempo manter o investimento, menor será o imposto. Analogamente, a tabela baixo vale para todos os títulos do Tesouro.
Vale lembrar que o fato gerador do IR, ou seja – o valor sobre qual incidirá o imposto – é apenas sobre os seus rendimentos do período em que você manteve seu dinheiro aplicado, e não sobre o montante total da sua aplicação
5. Conclusão
Concluindo, o conhecimento das taxas e impostos incidentes sobre os investimentos no Tesouro Direto e suas nuances permite que os investidores otimizem seus retornos e tomem decisões embasadas.
Como uma dica importante, no caso de venda de títulos do Tesouro, verifique antes de vender o “TEMPO DA APLICAÇÃO EM DIAS CORRIDOS”, para buscar minimizar o imposto de renda e naturalmente o IOF.
Por exemplo, segue um print de um investimento no título Tesouro IPCA+ 2045, onde é possível acompanhar todas as taxas e impostos que falamos hoje.
